18 outubro, 2006

Coisas estranhas (parte 2)

Desde a primeira argolada no supermercado passei a ter bastante cuidado neste tipo de compras e achava muito estranho porque fui depois a vários supermercados e em todos eles todas as bolachas de toda a espécie tinham uma data 2 ou 3 meses fora do prazo. Comprava-as na mesma, e ainda estou aqui e não sofri nenhuma mutação radioactiva, mas era uma situação mesmo bizarra.
Até que numa conversa com o Blaise, um colega do Burundi, que está aqui há alguns anos ele disse-me que aquela não era a data de expiração mas a data em que tinha sido embalado. E que além dessa data tinha normalmente o tempo no qual se deveriam consumir as bolachas.
...
Sim, também foi nisso que pensei, "por que raio quero saber quando é que as bolachas foram embaladas?", ele também não percebe.
Outra coisa a que acho piada são os carros que andam nos passeios. Não, não é estacionar com as duas rodas no passeio, é andar literalmente no passeio. Faz todo o sentido, quer dizer, quantas e quantas vezes não dizemos mal do trânsito na VCI ou no IC19, pelo menos aqui, aproveitando que os passeios são largos, alguns carros preferem ir pelos passeios. Acho bem e quem quiser que se desvie.
De resto, diz-se muita coisa acerca da higiene (ou da falta dela) nalguns restaurantes ou sítios onde se cozinha comida. Como já referi aqui várias vezes tenho uma família em frente ao meu prédio que preparar deliciosos pratos como la rou mian, chao niu rou, la chao niu rou, entre outros, e a higiene é conceito um pouco vago ali. Os vários woks (uns maiores outros mais pequenos) são raramente lavados mas a verdade é que estão sempre a cozinhar, nem sempre a mesma coisa é certo, mas a base é bastante parecida e provavelmente é por isso que são tão bons. É um pouco como o João da Requieira ou a Badalhoca (alguns de vocês sabem do que eu estou a falar).
De qualquer das maneiras tenho uma colega que come todos os dias a todas as refeições McDonalds e KFC e Pizzahut porque é uma coninhas e mete-lhe nojo algumas cozinhas chinesas.
Não sei o que é pior... mas eu fico com as cozinhas chinesas.

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6 Comentários:

Anonymous Anónimo disse

Isso das bolachas é estranho mas lá devem ter a razão deles.
Quanto à higiene, está aí há 2 meses e tal e se nada te fez mal não deve ser assim tão catastrófico como isso.

Beijocas! ;)

5:48 da tarde  
Blogger Erva disse

Eu, que até tenho uma certa formação na área de microbiologia, nunca percebi porque raio é que tudo tem que estar perfeitamente desinfectado para que uma cozinha posso funcionar em condições. Afinal alguns dos microrganismos mais perigosos são mortos à temperatura de cozedura dos alimentos (isto é uma teoria minha) e os que sobrevivem, provavelmente também sobrevivem à desinfecção!
Até é bom comer umas coisas com uns "bichinhos" estranhos de vez em quando... ajuda a criar defesas!

6:14 da tarde  
Blogger Erva disse

Ahhh... até acho que faça algum sentido que a data inscrita nos pacotes de bolachas seja a data em que foram embaladas, uma vez que tem o "tempo de vida" das bolachas, sempre achei que assim deveria ser em todo lado!

6:19 da tarde  
Anonymous Anónimo disse

"porque é uma coninhas". Ok, estou a ver o género. ;)
Grande abraço!

6:48 da tarde  
Anonymous Anónimo disse

"Diz-se muita coisa acerca da higiene (ou da falta dela) nalguns restaurantes ou sítios onde se cozinha comida".
Eu estive na cozinha da tua casa na Maia... Eu acho que aguentas bem isso. looololololol
Estou na tanga, aquele pacote de leite 4 meses fora do prazo ainda não cheirava muito mal.

Um abraço e um beijo da Marta!!

8:57 da tarde  
Blogger Ricardo Sorge disse

para falarmos de conceitos pouco universais de gastronomia tenho um caso que desafia a tua memória: "ovos mexidos com maionese". um dos primeiros pratos do chef. :-)
mas creio, como tu, que os problemas de higiene devem ser relativizados. até ao limite da convivência saudável, porém. e lembro-me também assim de repente de alguns exemplos que desafiam esse limite. carros portadores de embalagens de iogurtes com bolores desconhecidos da comunidade científica. por exemplo. frascos de ketchup fora do prazo… 32 anos! (creio que é para isso que serve o prazo de embalagem nos produtos: creio que ultrapassar o prazo de consumo em 32 anos num produto alimentar pode não dissuadir indivíduos de o utilizar, mas se repararem que já foi embalado há 33 anos e 2 meses, aí sim, alto lá que se calhar já está um pouquinho morto). para finalizar creio que cozinhar um caldo verde durante 17 horas em lume brando não é bom método. 17 horas em dois períodos de 7 e 10 horas respectivamente. segundo o seu mentor, a ideia era "cozinhar primeiro as batatas e as cebolas, que são uma chatice e depois juntamos tudo e as coisas cozem-se". cozem-se. cozem-se e depois cheiram a morto. muito morto. epílogo: vi um ser humano comer um prato daquele caldo verde. não há palavras para descrever o horror.
nota: o autor desde blog está isento de responsabilidades nos dois últimos exemplos.

12:38 da manhã  

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